O presidente Lula deve fechar e anunciar a reforma ministerial até a próxima quinta-feira. Esse foi o "recado" passado a líderes partidários. Segundo interlocutores do presidente, ele quer ter a equipe pronta para a reunião do conselho político, marcada para quinta. Responsável pela articulação política do governo, Tarso Genro (PT), de Relações Institucionais, aliás, será um dos envolvidos na mudança: ele deve substituir Márcio Thomaz Bastos no Ministério da Justiça. A principal indefinição, sobre a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), tende a acabar com a petista sem vaga no primeiro escalão. Ela foi indicada pelo partido para Cidades ou Educação, mas o presidente não quer irritar o PP trocando o titular da primeira pasta, Márcio Fortes, nem sacar o petista Fernando Haddad da segunda. Com isso, teria oferecido a Marta Turismo, que ela deve recusar, apesar da pressão de lideranças do partido para que aceite e aumente o espaço petista no governo. O ministério também é cobiçado pelo PMDB, que quer indicar Eunício Oliveira (CE), ex-titular das Comunicações. Se ficar fora do primeiro escalão, Marta se torna automaticamente uma das favoritas do partido para disputar a Prefeitura de São Paulo em 2008. De acordo com pessoas próximas a Lula, uma das objeções dele a nomear a ex-prefeita é antecipar o clima eleitoral de 2010; no ministério, Marta também seria cotada como concorrente ao Planalto. Lula ainda precisa definir o substituto do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, que já manifestou intenção de sair. O presidente sondou o empresário Jorge Gerdau, sem sucesso.
Concretizada a reforma na semana que vem, será o fim de um processo que se arrasta desde novembro de 2006. Logo após as eleições, Lula já havia prometido definir sua equipe até o final do ano passado. Depois, o prazo passou para o momento posterior à eleição dos presidentes da Câmara e do Senado. Em seguida, o prazo foi adiado para depois do Carnaval. Por fim, a previsão era que o anúncio fosse feito após domingo, data em que o PMDB, que deve receber ministérios, define seu presidente nacional. A legenda deve reeleger o deputado Michel Temer (SP).
Mudança na comunicação
O presidente também estaria articulando outra mudança na equipe, na área de comunicação. O atual porta-voz, André Singer, deve deixar o cargo. Para seu lugar, foi convidado o jornalista Franklin Martins, da TV Bandeirantes. Martins também deve acumular o setor de propaganda - que no governo anterior estava com o ex-ministro Luiz Gushiken - e o projeto para a criação de uma rede pública televisiva brasileira.
O presidente também estaria articulando outra mudança na equipe, na área de comunicação. O atual porta-voz, André Singer, deve deixar o cargo. Para seu lugar, foi convidado o jornalista Franklin Martins, da TV Bandeirantes. Martins também deve acumular o setor de propaganda - que no governo anterior estava com o ex-ministro Luiz Gushiken - e o projeto para a criação de uma rede pública televisiva brasileira.
Fonte: Agência Estado
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