segunda-feira, 5 de março de 2007

Bush terá megaesquema de segurança no Brasil

O maior aparato de segurança já montado no País para a visita de um chefe de Estado foi organizado pelo governo brasileiro para receber o presidente dos EUA, George W. Bush, na quinta e sexta-feira. Tropas do Exército e da Aeronáutica e mais 200 agentes de elite da Polícia Federal vão atuar na segurança do presidente americano e de sua comitiva. As cautelas foram reforçadas em razão do atentado da semana passada, no Afeganistão, contra o vice-presidente Dick Cheney.

O esquema de segurança começou a ser discutido em detalhes há mais de um mês. O efetivo da PF inclui uma equipe do Comando de Operações Táticas (COT), a força mais especializada do País para atuar em situação de risco extremo. Os brasileiros trabalharão em sintonia com efetivos da CIA, do FBI e do serviço secreto americano que darão cobertura à visita de Bush ao Brasil. "Ele (Bush) é alvo potencial em qualquer parte do mundo. Por isso adotamos o risco de segurança no nível mais elevado. Todos os recursos foram mobilizados para a visita", disse o coordenador-geral de Defesa Institucional da PF, Daniel Sampaio. Mas os americanos têm suas próprias cautelas e estão trazendo, além de 250 agentes de segurança, armas poderosas, inclusive artefatos antimíssil, equipamentos de comunicação e toneladas de material de consumo pessoal para evitar que haja risco a Bush e à comitiva, que inclui a secretária de Estado, Condoleezza Rice. Na missão precursora que chegou semana passada a São Paulo, um avião cargueiro trouxe de água mineral a produtos de limpeza, higiene pessoal e alimentos.

Eles trouxeram também grande quantidade de armas, uma central de comunicação, 12 furgões blindados e uma unidade médica móvel. Até o combustível a ser usado nos veículos da comitiva presidencial virá dos EUA. "Nas viagens do presidente eles adotam um esquema de risco zero e trazem tudo que vai ser usado ou consumido pela comitiva e equipe de apoio", observou Sampaio. De tudo o que trouxeram, por força dos acordos de cooperação e reciprocidade entre os dois países, os americanos só precisaram declarar as armas que portarão enquanto estiverem no Brasil. A PF concedeu-lhes portes especiais, mas não revela a quantidade ou o tipo de armamento por motivos de segurança. Nas reuniões prévias, foi acertado um esquema de credenciamento para definir quem pode ou não se aproximar da comitiva. "A segurança será total, sobre qualquer coisa e a qualquer hora, enquanto durar a visita", disse Sampaio.

Fonte: Agência Estado

Nenhum comentário: