Os 94 presos do Complexo policial de Jequié, a 360 km de Salvador, continuam amontoados no que restou das celas destruídas na rebelião dessa segunda-feira, 23, em protesto contra a superlotação e sucateamento da carceragem. O local tem capacidade para apenas 30 internos. A noite começou tensa na unidade. Apenas os policias militares faziam barreira entre os presos e a saída do complexo.
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A contenção foi feita com algemas porque as grades foram arrancadas. Faltam vagas nas delegacias da regional da 9ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin) e a direção do Presídio Regional de Jequié se recusa a receber os presos. A alegação é a de que o conjunto penal também está “estrangulado”, com déficit de vagas. Atualmente 627 presos cumprem pena, mas a capacidade máxima é para 368 internos. Para agravar ainda mais a situação, 14 homens presos pela Companhia de Ações Especiais do Sudoeste e Gerais (Caesg) no entroncamento de Jaguaquara, a 60 km de Jequié, tiveram que aguardar nas viaturas até que surgissem vagas.
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