terça-feira, 12 de junho de 2007

APPM diz que filme “ó pai ó” ofende a polícia

Indignados com uma reprovável imagem de um policial militar, retratada por um ator no filme Ó Pai Ó, da cineasta Monique Gardenberg, policiais militares de Itabuna e região, através da Associação de Praças da Polícia Militar (APPM), representada pelo seu presidente Paulo Neiva, se reuniu na última segunda-feira (4), com o comandante geral da PM, coronel PM Antônio Jorge Ribeiro de Santana, para pedir providências no que se refere a exibição, no referido filme, de imagens de um ator ostentando uniforme operacional básico da PM-BA, sem autorização e ainda apresentando comportamento ofensivo à imagem e à reputação da corporação.
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De acordo com o presidente da APPM, após expor para o comandante sua indignação com as imagens observadas, ele teve conhecimento de que outros policiais já teriam tido a mesma iniciativa, e que por esse motivo o comandante encaminhou ofício à Procuradoria do Estado, solicitando medidas cabíveis e criminais. “Não tenho nada contra o filme em si, mesmo considerando de péssima qualidade, pois expõe com extravagância a nossa baianidade. Mas fico preocupado com a defesa da categoria Policial Militar, que neste episódio saiu enxovalhada”, argumenta.
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Para Paulo Neiva, pode até existir algum policial como o personagem Rato, mas se for constatado, ele receberá o mesmo tratamento que qualquer outro marginal. “Não admitimos esse tipo de procedimento da diretora do filme que, claramente, jogou de encontro à sociedade, uma instituição séria e centenária”, frisa. O presidente da APPM completa dizendo ter sido satisfatória a reunião com o comandante geral da PM. “Ele nos garantiu que serão tomadas todas as medidas judiciais cabíveis, inclusive contra o próprio ator que fez o papel de Rato. Ele não foi autorizado pelo comandante a usar uniforme operacional básico da PM, e responderá por isso”, informa.
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No filme Ó Pai Ó, o ator Gustavo Melo, através do personagem Rato, faz o papel de um policial militar que trabalha no policiamento do Pelourinho, em Salvador. No filme, por dever dinheiro a um comerciante da localidade, se propôs a eliminar menores de rua com o intuito de ter sua dívida perdoada pelo credor. “Logo agora que a PM baiana está completamente envolvida em ações voltadas para a paz, a exemplo da atuação da Polícia Comunitária, do projeto Proerd, dentre outros convênios criados pela PM em parceria com a sociedade, surge uma diretora, que mostrou não ter escrúpulos nem respeito ao nosso trabalho realizado ao longo dos anos, e tenta jogar tudo pela janela”, revolta-se Paulo Neiva.
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*Assessoria de Comunicação da Associação de Praças da Polícia Militar (APPM)

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