segunda-feira, 4 de agosto de 2008

RESPOSTA À NOTA DIVULGADA NO SITE DA RÁDIO 95 FM INTITULADA "CAOS NO HOSPITAL PRADO VALADARES"

Amparado na lei de imprensa, a qual assegura o direito de resposta, informo ao nobre cidadão e Diretor de Jornalismo da Rádio 95 FM e à comunidade em geral que não faz parte dos costumes da atual Direção do Hospital Geral Prado Valadares maquiar dados como insinua o Jornalista. Quanto à classificação do atendimento como péssimo, respeitamos a opinião de cada usuário, entretanto cabe informar ainda ao jornalista que esta gestão tem buscado respeitar todos os usuários dos serviços do Sistema Único de Saúde no Hospital Geral Prado Valadares, e ainda procura cumprir os Princípios de Universalidade, Equidade e Integralidade, implantou o Serviço de Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco, Ouvidoria, e faz pesquisa de satisfação do usuário, portanto temos como provar e comprovar que mesmo respeitando a opinião de ouvintes da Rádio 95 FM que ligam e atribuem nota ao atendimento no HGPV os indicadores mostram que a insatisfação não é a regra e sim exceção, caso queira conhecer melhor estes indicadores e fazer uma matéria consistente poderemos fornecer as fontes de dados coletados com critérios científicos, a afirmação de que a população se encontra revoltada com o quadro atual do Hospital não é uma afirmação que considere procedente, pelo contrário, é infundada. O título da matéria denota falta de conhecimento de como era o atendimento no PS do HGPV antes de implantar o Serviço de Acolhimento com Classificação de Risco, quando os pacientes eram recebidos pelos porteiros e a ordem de atendimento era a ordem de chegada, imaginem.

O Caro Jornalista/Reporter da 95 FM contradiz em sua nota postada no site da 95FM no endereço http://www.radio95fm.net/ver.php?manchete=355 pois ao mesmo tempo que fala da falta de médicos num parágrafo relata que tirou fotos dos médicos atendendo aos pacientes pelos corredores, o fato do profissional fazer determinada anotação de uma PA por exemplo apoiando o papel em qualquer obstáculo não provoca nenhuma perda da qualidade da assistência afinal, no ambiente da Unidade de Urgência/Emergência em questão não se coloca mesinhas, verifique a RDC e verá.

Quanto ao alto estresse dos funcionários queremos informar que o ambiente de uma Unidade Hospitalar é propício ao desenvolvimento de cargas de estresse elevadas e numa Unidade de Urgência e Emergência esse fator é ainda mais forte decorrente do elevado número de atendimentos (cerca de 250 a 300 por dia), a grande maioria desses atendimentos (70%) que não deveriam estar no HGPV, pois são atendimentos ambulatoriais, sobrecarregando a equipe, muitas vezes também o usuário instiga ou desacata o funcionário que em decorrência do acumulo de estresse não consegue absorver, desencadeando o conflito, a exemplo do qual relata o nobre Jornalista, tendo esquecido de dizer que o funcionário da 95 FM desacatou e dirigiu palavras grosseiras aos funcionários do Pronto Socorro do HGPV a exemplo de chamar o funcionário do SAME que preenchia a ficha de atendimento, de BURRO, além de outras desqualificações, vale dizer ainda que nenhum funcionário desacatou ninguém, mesmo tendo sido ofendidos.

Talvez não seja do conhecimento do Jornalista, mas por questões éticas amparadas pela lei não é permitido fazer fotos de pacientes no interior do Hospital, além disso o Diretor da Rádio 95 FM deveria pedir permissão antes de fazer fotografias, pois em toda instituição existe ordem e regulamento, assim como deverá existir na rádio onde trabalha, tendo assim infringido a norma institucional e ética.

O Jornalista comete excessos e faz afirmação leviana ao dizer que os funcionários defendem o que é ruim, ao defender o Hospital, tal afirmação não demonstra seriedade por parte do Diretor da Rádio 95FM, a qual qualifico de desrespeitosa, pois insinua a desqualificação generalizada e tendenciosa de uma Instituição séria e que presta serviços de extrema relevância em Jequié e na região. Somente a título de informação o Pronto Socorro do HGPV é a única Emergência da região capaz de receber pacientes politraumatizados em estado grave com resposta imediata para monitorização, reanimação, intubação, e respiração mecânica e cirurgia geral e traumato-ortopedica com serviço de terapia intensiva de retaguarda, sendo referência para mais de 600 mil habitantes. Peçamos a Deus para não sermos acidentados, mas se formos envolvidos em acidente grave é para a Emergência do HGPV que seremos conduzidos, independente de pagar plano de saúde ou não, por mais caro que seja o plano.

A funcionária Claudia foi selecionada juntamente com mais 60 Enfermeiros de toda a região na primeira seleção pública para profissionais de saúde realizada pelo Estado depois do último concurso público realizado há mais de 16 anos (no governo de Waldir Pires), salienta-se que a Consultec foi a empresa vencedora da licitação para realizar a Seleção Pública da Saúde na Bahia e é responsável pelos concursos vestibulares de conceituadas instituições do Brasil inteiro e até então não existe suspeita que desabone a conduta moral, ética e de respeito que goza esta instituição, neste mesmo processo foram selecionados 168 Auxiliares de Enfermagem e outras categorias profissionais que ingressam no serviço público pela ordem de classificação, conquistada pela competência de cada um e não por apadrinhamento político como foi marcada a história e prática de outras gestões na Bahia.

É importante dizer ainda que não houve nenhuma perda relacionada ao atendimento aos pacientes funcionários da rádio, talvez a intervenção do jornalista tenha mais atrapalhado do que ajudado.

Certo da atenção estendo votos de reconsideração.

Atenciosamente,

Gilmar Vasconcelos
Diretor Geral do HGPV / Jequié-BA

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